segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sexy e sensual. Foi assim que ele a viu a vida toda. A miúda das pernas longas e bronzeadas no Verão por de baixo de mais um vestido leve dos últimos saldos. Uma bagatela, explicava apenas porque achava imensa piada à palavra. Sentou-se à mesa daquela esplanada-fim-de-tarde, estava uma brisa que aos poucos se tornava incómoda e a água tónica que pedira morrera num copo sem brilho. Ele olhava-a e ela sentia que aquilo não era, de maneira alguma, um olhar ingénuo. Ficou sem assunto e isso corroía-lhe a alma. Apetecia-lhe dizer: querido, não vou para a cama contigo nem que me coloques um diamante no dedo. Mas travou a efusividade e guardou o desaforo para outra altura.

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